Caros Amigos,
A equipa médica da AMI está prestes a levantar voo, rumo ao Haiti.
2 médicos e 2 enfermeiros irão prestar assistência médica a cerca de 700 pessoas. Sei que a equipa que está a caminho (de uma competência inquestionável e com longa experiência em emergência) vai dar tudo o que puder, para que a vontade de cada português de ajudar, seja concretizada na sua acção no terreno.
Compreendo que, neste momento, muita gente tenha vontade de se fazer ao caminho e deitar mãos à obra, ajudando. Mas não podemos - seria, inclusivamente, prejudicial - ir todos. Que vá quem mais falta faz!
Também compreendo que, quando não podemos arregaçar as mangas no terreno, queremos arregaçá-las onde podemos, tendo uma série de iniciativas concretas de angariação de bens, porque as imagens que nos apresentam são incomportáveis. Esta vontade de ajudar e esta mobilização cívica é, em tudo, de louvar.
No entanto, temos que ser realistas e perceber que, neste momento, mandar bens como roupa ou água, de Portugal para o Haiti, é impossível. A melhor maneira de contribuir, neste momento, repito, é fazendo donativos e aderindo às campanhas das organizações que estão no local a trabalhar e a tentar angariar os bens necessários nos países vizinhos. A ajuda internacional está a organizar-se e, em breve, começará a ser efectiva. E daqui a algum tempo talvez seja possível enviar outro tipo de ajuda.
Uma coisa é certa: as mãos de Portugal, muito em breve, estarão a ser estendidas aos Haitianos. Com humanismo, com eficácia e competência e com um sorriso.
Espero que ajude a minimizar o cenário dantesco que por lá está montado.
Cá estaremos para continuar a trabalhar.